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Pelo Natal,

MARTIN GOSSELIN.

A. E. BATEMAN.

Pela Nova Galles do Sul,

SAUL SAMUel.

Pela Nova Zelandia,

FRANCIS DILLON BELL.

Pelo Quensland,

Pela Tasmania,

MARTIN GOSSELIN.

A. E. BATEMAN.

Pela Terra Nova,

MARTIN GOSSELIN.

A. E. BATEMAN.

Pela Victoria,

GRAHAM BERRY.

Pela Grecia,

P. MULLE.

Por Guatemala,

ALEXIS CAPOUILLET.

Pela Republica do Haiti,

G. DE DEKEN.

Pela Italia e suas Colonias,

J. DE RENZIS.

Pelo Mexico,

ED. VAN DEN WYNGAERT.

Pela Nicaragua,

Pelo Paraguay,

HENRI OOSTENDORP.

Pelos Paizes Baixos e suas Colonias,

H. TESTA.

L. E. UYTTENHOOVEN.

Pelo Perú,

JOAQUIN LEMOINE.

Por Portugal e suas colonias,

HENRIQUE DE MACEDO PEREIRA COUTINHO.

AUGUSTO CESAR FERREIRA DE MESQUITA.

Pela Romania,

J. VACARESCO.

Pela Russia,

G. KAMENSKY.

Pelo Salvador,

EMILE ELOY.

Pelo Reino de Sião,

FREDERICK VERNEY.

Pela Suissa,

E. PACCAUD.

Pela Turquia,

ET. CARATHEODORY.

Pelo Uruguay,

F. SUSVIELA GUARCH.

Por Venezuela,

LUIS LOPEZ MENDEZ.

CHILE

Bons officios offerecidos para a sua pacificação

N. 22

Legação dos Estados Unidos do Brazil, Santiago, 16 de maio de 1891

Senhor Ministro - Recebi a 26 do mez proximo passado o vosso telegramma cifrado, expedido na vespera, no qual me dizieis:

« Governo concorda acção commum com francez e americano procede nesta conformidade. >>

Depois de pôr-me de accordo com o ministro dos Estados Unidos da America e o Encarregado de Negocios de França sobre o modo de cumprirmos as ordens de nossos respectivos Governos, annunciámos ao Presidente da Republica e á junta executiva da revolução que estavamos devidamente autorizados para exercer nossos bons officios.

Soubemos então que alguns membros da opposição acabavam de receber da esquadra, a qual ignorava o que aqui se passava, plenos poderes para entrar em arranjos de paz com o Governo sob os auspicios dos ministros da Allemanha e da Gran-Bretanha. Esta difficuldade foi facilmente removida, prevalecendo o nosso offerecimento pela prioridade com que tinha sido feito e acceito por um e outro lado. Essa dupla acceitação consta dos documentos juntos por cópias sob ns. 1 e 2. O primeiro é ao mesmo tempo um salvo-conducto concedido sómente a cinco dos sete delegados da opposição com que deviamos tratar, visto ser um delles o Sr. D. Belisario Prats, que estava no gozo da sua plena liberdade, e achar-se outro, o Sr. D. Eduardo Matte, asylado na Legação dos Estados Unidos da America, onde deviam ter logar as conferencias.

Apoz a terceira, os delegados deram-nos conhecimento das bases de accordo por elles formuladas na carta inclusa por cópia sob n. 3 pedindo-nos, porém, que as não communicassemos ao Governo antes que este nos fizesse saber por escripto quaes eram as suas condições.

A' vista dos termos em que o Sr. Balmaceda se tinha expressado quando reservadamente lhe perguntei si acceitava os bons officios do Brazil e que reproduzi textualmente no officio reservado n. 3 de 21 de abril ultimo, previ que os nossos bons officios seriam infructiferos. Disso me convenci no dia seguinte, quando, em conferencia com o Sr. ministro das Relações Exteriores, lhe annunciámos que estavamos de posse das bases da opposição, mas que não as podiamos revelar sem primeiro conhecer as do Governo. Disse-nos elle que nem o Presidente nem o Ministerio admittiriam essa condição e que, si a mantivessemos, não haveria possibilidade de accordo.

No dia 6 pela manhã e por indicação do Sr. Balmaceda, visto achar-se doente o Sr. Cruzat, tivemos com o Sr. Godoy, Ministro do Interior, uma entrevista sem resultado, porquanto nós insistiamos em que nos fossem communicadas as condições do Governo e elle negavase a fazel-o, ficando comtudo de fallar de novo ao Presidente e communicar-nos sua resolução definitiva.

Como tinhamos combinado, regressámos ao palacio da Moneda ás 5 horas da tarde. Ao chegarmos alli, se nos disse que acabavam de ser lançadas duas bombas explosivas no momento em que o Ministro do Interior e outros voltavam do Senado a Moneda. Meus collegas e eu o felicitámos por ter escapado a esse attentado, e antes que principiassemos a tratar do objecto de nossa entrevista, disse-nos o Sr. Godoy que o Presidente da Republica e o Ministerio mantinham a resolução de não communicar-nos suas condições, emquanto não tivessem conhecimento das bases de accordo da opposição; que, à vista disto e do attentado por ella commettido, estavam rôtas as negociações e rôto tambem o salvo-conducto concedido aos delegados da mesma opposição.

Quando o dito Sr. Godoy pareceu-nos menos agitado, disse-lhe : <«< Sr. Ministro, o Governo do Chile está no seu direito declarando «rôtas as negociações, como V. E. acaba de dizer-nos; o que não « póde, porém, fazer sem vivo protesto da nossa parte é violar aber<< tamente um compromisso solemne contrahido para com os Governos << que representamos e para comnosco individualmente. Quanto a mim, << protesto da maneira mais formal contra essa violação, reservando «< completamente a opinião que a respeito do procedimento do Governo « de V. E. possa ter o do Brazil. » O Ministro dos Estados Unidos e o Encarregado dos Negocios de França fizeram igual protesto, e a todos nós respondeu o Sr. Godoy que a decisão do Governo era inabalavel.

Retirando-nos do palacio da Moneda, cujas immediações estavam a essa hora cercadas de tropa, nosso primeiro cuidado foi procurar pôr a salvo a vida e a liberdade das pessoas com que estavamos tratando, o que felizmente conseguimos.

Assentámos em telegraphar a nossos Governos e dirigi ao desta Republica uma nota identica protestando contra a sua resolução no tocante á validade do salvo-conducto. O Sr. D. Juan Mackenna, exMinistro das Relações Exteriores, procurou-me da parte do Presidente para dizer-me que S. E. desapprovava o procedimento do Ministro do Interior, o qual tinha obrado sem consulta nem autorização do Governo e pedia tanto a mim como a meus collegas, que nada fizessemos antes de ouvil-o. Accedemos a este pedido, indo no dia 8 ao palacio da Moneda. O Sr. Balmaceda, diante do Sr. Ministro das Relações Exteriores confirmou quanto nos tinha dito o Sr. Mackenna, agradeceu calorosamente nossos esforços a bem da pacificação do Chile e o modo como tinhamos procedido. Quanto ao salvo-conducto, declarou que seria mantido em todo seu vigor, até que nós lhe marcassemos o termo, conforme se tinha combinado. Finalmente, disse que para ser completa a satisfação, o Governo, por indicação sua, nos passaria uma nota, da qual o Sr. Cruzat em seguida deu-nos leitura. Não podiamos deixar de acceitar a ampla satisfação que espontaneamente nos dava o Presidente da Republica em seu proprio nome e no do Governo. Suspendemos portanto a expedição do telegramma e da nota identica de que antes fallei.

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